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Kemet, o Grande Rio, Os Primeiros Homens e o Egito Antigo


linda criança do Niger, dádiva dos Primeiros Homens


Itéru - o Nilo (o Grande Rio segundo os antigos habitantes de Kemet) tem origem no lago que hoje chamamos "Vitória", no centro do continente onde surgiu o Homem, tanto nós, quantos os outros Homens...às margens desse rio, o maior rio do mundo (existe uma controvérsia grande com os sul-americanos na comparação com o Amazonas) floresceu o início da humanidade. O Homo-Sapiens surgiu lá mas ao que parece, as primeiras cidades humanas realmente surgiram no Médio Oriente, no " entre rios", o indicativo esta na origem dos animais de porte e gado, dos cereais cultivados, etc...
Ao longo dos 7.000 km aproximados de extensão do Grande Rio surgiu a civilização que rivaliza com os sumérios o professorado do mundo.
Os descendentes diretos dos Primeiros Homens ou os Próprios, chamavam essas terras de Kemet (kmt - a terra negra) que era dádiva do Grande Rio surgido das lágrimas da deusa Iset (Isis - a rainha dos deuses - retratada ficcionalmente como Akasha a "suméria" no romance "a rainha dos condenados", de Anne Rice). Kemet, como o proprio nome diz, foi abençoada com a terra negra de fertilizantes provindos das cheias do Grande Rio. 
Sendo esses povos ao longo do Grande Rio ou o homo-sapiens original ou os primeiros descendentes temos uma visão que se contrapõe a ausência de lógica Hollywoodiana de caucasianos num mundo nascido das primeiras horas dos homens...A improbabilidade vem da inexistência das diferenças fisícas notáveis entre os diversos grupos humanos sem levar em conta o tempo e o espaço...Demoram cerca de 10.000 anos para que o espaço provoque auterações no gênero humano dignas de nota...e as alterações no mundo antigo dependiam do espaço ocupado pelo grupo de humanos...se o homo-sapiens surgiu nessa região que hoje chamamos África, na beira do Nilo possívelmente, como o grupo que ao invés de emigrar, "permaneceu", reproduziu as mesmas mutações que um grupo  que parou ha milhares de kilometros lá no Cáucaso. Diante disso afirmamos que os homo-sapiens de Kemet eram escuros, altos (os caçadores coletores originais tinham em média 1,85 metros, a agricultura e o abandono do nomadismo diminuiu a estatura humana, mas em Kemet foi menos impactante que no Entre Rios (Mesopotâmia) e magros, arriscamos a aparecia dos etíopes, somalis, pessoas do Niger atuais...Os gregos falavam que os egípcios tinham pele escura.
Os nomes, a geografia e as origens da fauna dão indícios de trocas entre essa civilização ao longo do Grande Rio e as Cidades Primordiais do Entre Rios - que sendo os sumérios o povo dos reis civilizados, devem ter passado muito da sua cultura aos descendentes dos primeiros homens.
O Antropomorfismo dos deuses Sumérios, o clima um tanto lúgubre, etc..tudo isso se reflete também na mitologia egípcia (nome que os gregos deram a esses povos ao longo do Grande Rio, que os mesmos gregos chamaram de Nilo). Tudo leva a crer que Kemet teve alguns reis com origem suméria-caldaica...
Esses povos ocuparam as margens do maior rio da Terra, desde lá do Alto, pouco aquém do Grande Lago (Vitória) até Mar, lá emBaixo... Sendo distantes, os líderes eram separados e a simbologia do poder não era a mesma.
Kemet foi até a conquista árabe a região mais rica do ocidente por conta do Grande Rio dadivoso...A abundância de Kemet despertou a cobiça de todos os povos por milhares de anos seguidos e assim como tudo leva a crer que tiveram forte influencia dos Sumérios, exerceu Kemet forte influência nos Helenos, que escreveram e deram todos os nomes que hoje usamos cotidianamente ao nos referir sobre a civilização de antes do nome Egito.
O topo da escala social em Kemet era ocupada pelos sacerdotes que governavam através dos atos executivos de um Pharaó (Par Oh - hebraico - casa alta - palácio) que habitava a montanha amuralhada no centro da cidade, como os Reis Sacerdotes Mesopotâmicos. Abaixo haviam guerreiros,comerciantes e o povo...Não sabemos sobre escravos nesses tempos iniciais, mas o advento da escravatura nasceu com a guerra entre governos concorrentes...escravo é o vencido em batalha, o condenado, o excluído social...
Depois de muito tempo Manés (Meni) juntou pelas armas os povos do Alto do Grande Rio com os povos das terras baixas do rio, na direção do mar do meio, entre as terras (Mediterrâneo). Meni significa "aquele que persevera" e para muitos estudiosos era apenas um epiteto para Narmer, Ka ou o Escorpião II (lembra dos filmes semi-trash sobre o Escorpião Rei e a Múmia?), mas como só conseguimos ler os escritos do antigo Egito depois da expedição de Napoleão contra o Egito já árabe, muita coisa desconhecemos. Meni, ou "Aquele Que Perseverava" supomos ser o líder do Alto do Grande Rio, se foi o Escorpião - segundo desse nome nas dinastias do Alto do Grande Rio, antes da Unificação do Alto e doBaixo - ou Ká ou Narmer, uniu as duas partes de Kemet e iniciou o período histórico de referencia das dinastias, ou a primeira dinastia reinando da Núbia  - Nub - terra do ouro - (entre o Egito Moderno e o Sudão) ou de entre a Núbia e a Região que hoje chamamos Vale dos Reis descendentes dos descendentes do Escorpião Rei.
Esse domínio só foi quebrado pelos assírios do Entre Rios - descendentes dos Caldeus - milhares de anos depois do Escorpião Rei, ou de Ka ou Narmer, seja qual for o homem chamado por "Aquele que Perseverava".
Kemet influenciou fortemente a Grécia. Desenvolveu uma escrita totalmente diferente da escrita cuneiforme do Entre Rios, baseada em idéias, não em sons, tinha caráter cerimonial mas depois foi simplificada e serviu também para a contabilidade do plantio e pecuária. Sua astronomia, medicina e arquitetura foi primorosa e gigantesca. Em termos de monumentalidade só foram superados depois da revolução industrial. Kemet foi o celeiro do mundo ocidental até quando a horda monoteísta de um ramo dos Povos do Livro, seguidores do profeta Mehmet (Maomé) atacou a região do Grande Rio, raspou as pedras ornamentais das Pirâmides dos Sucessores do Rei Escorpião e terminou de "tacar" fogo na Biblioteca de Alexandre (Cesar já tinha queimado uma parte nos tempos de Cleopatra IV).




Em termos sociais, pareciam mais refinados que os sumérios, sem nada do embrutecimento que Zoroastro ensinou aos Povos do Livro. Seu panteão era rico e politeísta, exceto na tentativa de Amenhotep IV (Amenofis IV) - o Akenathon - o filhos de Athon - que tentou impor o deus único celeste (Athon - Rá - o Sol). A esposa de Akenathon, e para alguns co-regente por anos, foi a famosa Nefertiti - "a perfeita surgiu". Após a morte de Amenhotep IV - 0 Akenathon (Nefertiti, mais velha que ele, morreu bem antes), o politeísmo foi restaurado e os sacerdotes tentaram riscar totalmente da história a passagem do rei monoteísta pelo trono. Textos e obras de arte foram violadas para apagar as lembranças... 
Tiveram Rainhas governantes de fato, desde a primeira, a Lendária Maat, que era a deusa da justiça e da verdade (Athena para os gregos) até as históricas Sebekneferu que reinou somente na XII dinastia e parece ser a primeira Pharaó não lendária,  e Hatchepsut somente na XVII dinastia e assim vão espaçadas por séculos e milênios, mas presentes...Entre os Sumérios isso inexistiu, e para os gregos as mulheres trouxeram o mau ao mundo pelas mãos de Pandora e os Romanos só conheceram imperatrizes de fato nos tempos dos bizantinos. A mais célebre mulher governante do mundo antigo foi a descendente do grego Ptolomeu, Cleopatra IV - Cleópatra Thea Filopator - ultimo Pharaó - depois dela Kemet já Egito, pois estava governado por gregos desde os tempos de Alexandre o "Magnus", sai da história como protagonista e só volta no tempo dos sultões mamelucos e estes nada mais tinham a ver com Kemet além da terra comum e o fato de provavelmente o homem moderno sapiens ter surgido a beira do Grande Rio.



Assim rezou Maat, a ultima Pharaó Deusa e primeira Pharaó Humana há quase 6.000 anos atrás, pouco depois dos últimos mamutes serem caçados em algum ponto da Europa ou da Eurásia:


42 Confissões Negativas para Maat (Papiro de Ani)

  • 01. Eu não pequei.
  • 02. Eu não roubei com violência.
  • 03. Eu não furtei.
  • 04. Eu não assassinei homem ou mulher.
  • 05. Eu não furtei grãos.
  • 06. Eu não me apropriei de oferendas.
  • 07. Eu não furtei propriedades do deus.
  • 08. Eu não proferi mentiras.
  • 09. Eu não desviei comida.
  • 10. Eu não proferi palavrões.
  • 11. Eu não cometi adultério, eu não me deitei com homens.
  • 12. Eu não levei alguém ao choro.
  • 13. Eu não senti o inútil remorso.
  • 14. Eu não ataquei homem algum.
  • 15. Eu não sou homem de falsidades.
  • 16. Eu não furtei de terras cultivadas.
  • 17. Eu não fui bisbilhoteiro.
  • 18. Eu não caluniei.
  • 19. Eu não senti raiva sem justa causa.
  • 20. Eu não desmoralizei verbalmente a mulher de homem algum.
  • 21. Eu não desmoralizei verbalmente a mulher de homem algum. (repete a afirmação anterior, mar direcionada a um deus diferente).
  • 22. Eu não me profanei.
  • 23. Eu não dominei alguém pelo terror.
  • 24. Eu não transgredi a lei.
  • 25. Eu não fui irado.
  • 26. Eu não fechei meus ouvidos às palavras verdadeiras.
  • 27. Eu não blasfemei.
  • 28. Eu não sou homem de violência.
  • 29. Eu não sou um agitador de conflitos.
  • 30. Eu não agi ou julguei com pressa injustificada.
  • 31. Eu não pressionei em debates.
  • 32. Eu não multipliquei minhas palavras em discursos.
  • 33. Eu não levei alguém ao erro. Eu não fiz o mal.
  • 34. Eu não fiz feitiçarias ou blasfemei contra o rei.
  • 35. Eu nunca interrompi a corrente de água.
  • 36. Eu nunca levantei minha voz, falei com arrogância ou raiva.
  • 37. Eu nunca amaldiçoei ou blasfemei a deus.
  • 38. Eu não agi com raiva maldosa.
  • 39. Eu não furtei o pão dos deuses.
  • 40. Eu não desviei os bolos khenfu dos espíritos dos mortos.
  • 41. Eu não arranquei o pão de crianças nem tratei com desprezo o deus da minha cidade.
  • 42. Eu não matei o gado pertencente a deus.

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