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Hermes Trismegistos

De acordo com muitas linhas diferentes de pensamento, Hermes Trismegistos pode ter sido uma pessoa chamada Hermes, o Deus Thot, ou uma Ordem de Iniciados. De acordo com canalizações de Grandes Mestres ele viveu na Atlântida e no Egito antigo durante dois mil anos, aproximadamente. O conhecimento espiritual acima da média no Antigo Egito em grande parte se deve a ele, que foi um dos principais responsáveis pela introdução do ocultismo, astrologia e alquimia aqui no Planeta Terra. Hermes era tão universalista e profundo que foi endeusado por seus seguidores, recebendo o nome de “trismegisto” que significa três vezes grande e de Thot, antigo deus do Egito, conhecido como o escriba dos deuses, por ser considerado um emissário do mundo espiritual. Também devido às suas aspirações científicas e universais ficou conhecido na Grécia como Hermes-Deus da Sabedoria e em Roma como Mercúrio. Sua proposta é tão atual que seus ensinamentos perduram até hoje e forma compilados em dois livros, que são excelentes: “O Caibalion” e “O Divino Poimandres”, um sistema completo de teologia metafísica e filosofia.

A Proposta de Hermes:

A palavra hermético faz alusão a Hermes e a tudo aquilo que é fechado, ou seja, oculto. Como na época nem todas as pessoas estavam prontas para experimentar um conhecimento tão profundo, toda a proposta só era exposta aqueles que desejavam uma vida dedicada a espiritualidade e ao sacerdócio, que no hermetismo se chamam “Os Iniciados”, as pessoas que ainda não despertaram para a evolução espiritual são chamadas de “Profanas” que literalmente, significa aquele que está por fora do templo, ou seja, da pirâmide, que eram os templos do Antigo Egito. Isso quer dizer que somente quem está dentro da pirâmide consegue ver todos os lados dela, quem está por fora se torna superficial e não consegue atingir um grau de profundidade suficiente para tomar conhecimento dos quatro lados da verdade: o corpo, a emoção, a mente e o espírito. Dentro do que chamamos de hermetismo, existem sete leis principais, que basicamente formam toda a filosofia de Hermes:

1) O princípio do mentalismo

“O todo é mente. O universo é mental.”

Tudo o que existe no universo material é fruto da mente de alguém. No universo existem dois elementos básicos: matéria e energia. E a matéria trata-se de energia em estados diferentes de condensação, logo tudo é energia e emite uma determinada vibração.

2) O princípio da correspondência

“ Como em cima, assim embaixo; como embaixo, assim em cima.”

Essa lei hermética está associada diretamente à ressonância. Toda a energia gerada por um ser afeta todos os outros de forma positiva ou negativa. Estamos todos interligados porque nossa origem está na mesma fonte. Estamos aqui embaixo (Planeta Terra), porém viemos da Fonte (Céu), e em essência somos idênticos ao que está em cima e vice-versa. Somos pontos energéticos em constante ressonância com todos os seres, porque fomos (todos os seres vivos) feitos à imagem e semelhança de Deus em termos de energia, só que em uma menor proporção.

3) Princípio da vibração

“Nada repousa, tudo se move, tudo vibra.”

Esse princípio refere-se aos diferentes graus de condensação da matéria. Desde a energia mais sutil, desde o espírito mais leve até a matéria mais densificada, existem diferentes estados energéticos, com freqüências vibratórias diversificadas e velocidades, movimentos e órbitas distintas. Mesmo o que aos nossos olhos parece estático, na verdade está em movimento. Um objeto como uma mesa, por exemplo, é constituído de átomos, existindo uma vibração característica nesses átomos. E tudo se comporta da mesma maneira, movimentando-se, seja uma pedra, uma abelha, uma pessoa, uma molécula ou um planeta. Nada é estático.

4) Princípio da polaridade:

“Tudo é dual; tudo tem dois pólos; tudo tem seu oposto, semelhante e dessemelhante são a mesma coisa; os opostos são idênticos em sua natureza; mas diferentes em grau; os extremos se encontram. Todas as verdades são apenas meias verdades; todos os paradoxos podem reconciliar-se.” Esse princípio fala de oposição. As energias opostas ao extremo na verdade são idênticas, porém desequilibradas como, por exemplo, água fervente e o gelo. São matérias idênticas com polaridades opostas. Por falta de calor a água tornou-se gelo, ou por excesso de calor o gelo tornou-se água fervente. Nos dois casos o fator em comum é o calor, mas a matéria é a mesma. Por falta de amor a humanidade chegou a ignorância. Por excesso de amor a humanidade sairá da ignorância e chegará a sabedoria.

5) Princípio do Ritmo

“Tudo flui, para dentro e para fora; tudo tem suas marés; tudo aparece e desaparece; o movimento pendular manifesta-se em tudo; o limite da oscilação para a direita é a medida da oscilação para a esquerda; o ritmo compensa.”

O princípio do ritmo fala da oscilação entre dois pólos. Podemos observar o ritmo das chuvas, das marés e dos ciclos da natureza. E também em nós seres humanos. Como somos de natureza bipolar, nossa mente tende a oscilar com os pensamentos em ritmo pendular causando confusão mental e emocional. Os iniciados herméticos costumam utilizar técnicas específicas para equalizar a mente, chegando a um ponto neutro de oscilação. Através de técnicas como meditação, yoga, mantras, orações e outras diversas práticas espirituais podemos equilibrar nossos ciclos mentais, neutralizando o ritmo dos pensamentos e encontrando equilíbrio e paz espiritual.

6) Princípio da causa e efeito

“Toda causa tem seu efeito; todo efeito tem sua causa; tudo acontece de acordo com a lei; o acaso não é senão o nome da lei não compreendida; existem muitos planos de causação, mas nada escapa à lei.”

Nada é acidental. Nenhum fio de cabelo cai por acaso. Os detalhes mínimos da lei divina são cumpridos, como se existisse um grande relógio cósmico que regula minuciosamente os resultados de nossas escolhas. Dentro de um universo de milhões de oportunidades sempre selecionamos um caminho a seguir, uma decisão a tomar. Se ouvirmos nossa voz interior, nossa partícula mais parecida com Deus (Eu Superior), a decisão é mais acertada, possibilitando menores “efeitos colaterais”, que acontecem sempre que decidimos com nosso Eu Inferior. Por exemplo, quando decidimos com raiva os resultados são catastróficos e quando decidimos com amor, os resultados são divinos. E muitas vezes choramos pelo leite derramado, e não lembramos de nossas decisões passadas. O Universo leva um tempo para responder aos resultados de nossas escolhas, e muitas vezes o que está acontecendo hoje é resultado de uma escolha de tempos atrás. Por isso é tão importante estar em equilíbrio. Os resultados sempre vêm. A Lei Divina sempre é cumprida e podemos optar em evitar o sofrimento tomando decisões e fazendo escolhas através de nosso Eu Divino. A palavra carma que muitas vezes é mal interpretada, significa simplesmente ação. Qualquer ação tomada por um ser humano, seja positiva ou negativa vai resultar em carma, que pode ser negativo ou positivo, dependendo da intenção. Então podemos dizer que carma é o resultado de qualquer escolha que fazemos através do nosso livre arbítrio. Existir é um carma. Respirar também. Caminhar também o é. Qualquer ação que tomamos é um carma, que sempre afeta alguém ou o ambiente em que vivemos de forma positiva ou negativa. Já a palavra Dharma, que muitas vezes é confundida com o contrário de carma, é uma ação que tomamos para amenizar o sofrimento de todos os seres, levando-os a compreensão de sua natureza divina.

7) Princípio do Gênero

“O gênero está em tudo; tudo tem seus princípios masculino e feminino; o gênero manifesta-se em todos os planos.”

Princípios das polaridades yin e yang. No plano físico, essas forças manifestam-se em todas as coisas. É um princípio universal. Tudo na natureza é dividido em feminino e masculino e essas duas forças precisam de equilíbrio para que juntas atuem, inclusive nos pensamentos, sentimentos e emoções que também apresentam gênero yin ou yang. Quando Buda citava o Caminho do Meio, queria dizer que mantendo o equilíbrio entre Céu e Terra, Alma e Ego, Eu Divino e Eu Terreno atingiríamos o equilíbrio e a iluminação.

Sentimentos Yin Superiores: amor, compaixão, perdão, alegria, cooperação, amor-próprio, aceitação, humildade, suavidade, paz, flexibilidade, sensibilidade, receptividade, abertura, intuição, sensação.

Sentimentos Yin Inferiores: mágoa, depressão, sentimento de rejeição, mau-humor, defesa, medo, insegurança, preocupação, preguiça, baixa auto-estima, culpa, vitimização, carência, auto-piedade, solidão, timidez.

Sentimentos Yang Superiores: poder pessoal, disciplina, assertividade, discernimento, domínio sobre si mesmo, responsabilidade, desapego, paciência, fé, poder de decisão, organização, perseverança, doação, lógica, confiança, co-criatividade, ausência de julgamento.

Sentimentos Yang Inferiores: rigidez, neurose, raiva, violência, ataque, crítica, superioridade, impaciência, ódio, vingança, revan


A Religião dos Druidas

A palavra druida é de origem céltica e, segundo o historiador romano Plínio, o Antigo - está relacionada ao carvalho, considerada uma árvore sagrada. Os druidas foram membros de uma elevada ascendência celta. Ocupavam os trabalhos de juízes, sacerdotes, adivinhos, magos, médicos, matemáticos, astrônomos, alquimistas, etc.

Dominavam quase todas as áreas das ciências exatas, como a matemática, cultivaram a música, a poesia, além de notáveis conhecimentos da medicina natural, fitoterapia e agricultura. Embora possuíssem uma forma de escrita conhecida pelo nome de Ogham, muito parecida com a escrita rúnica, não a usavam para gravar seus conhecimentos.

Após o domínio do cristianismo muito se perdeu das informações históricas daquela maravilhosa civilização, exceto aquilo que permaneceu guardado nos registros de algumas Ordens Iniciáticas, especialmente a Ordem Céltica e a Ordem Druídica. Por isto, muito da história dos Druidas até hoje é um mistério para os historiadores oficiais; sabem que realmente existiram entre o povo Celta, mas que não nasceram nesta civilização.

Esse estudo se inicia aqui, com a tradução de alguns textos acadêmicos de estudiosos renomados a respeito do Druidismo, na história e nos dias de hoje e não pretende concluir, mas fornecer informações a respeito, dessa tão específica casta... Os druidas mostram-nos que sempre podemos rever o passado para melhor aprender o presente. Empenhemo-nos, neste maravilhoso mundo da pesquisa etimológica e histórica.

As fontes de pesquisa de druidismo são praticamente as mesmas dos celtas, com um pouco mais de restrições, pois não encontramos druidas em todas as sociedades celtas, ou seja, são textos medievais, de origem por vezes meramente mitológica, os dados da arqueologia e os relatos romanos. Tradução de Lornnah Carmel - Macalla.

The World of The Druids - Dra. Miranda Green /Ed.Thames Hudson 1997

Sobre a Dra. Miranda Green: Esse ensaio se inicia com textos da renomada Dra. Miranda Green, cuja atividade acadêmica garante idoneidade de opinião. Ela é professora de arqueologia e chefe do SCARAB - Centro de pesquisas Religião, Arqueologia, Cultura e Biogeografia da Universidade de Gales. Autora de vários livros como The Gods of The Celts, Celtic Myths, Celtic World, Dying for The Gods entre tantos, a doutora figura facilmente em documentários sobre os Celtas e produz artigos, sendo os mais recentes: Morrendo pelos Deuses: Sacrifício humano na Idade do Ferro e Europa Romana e "Encontrando os Ancestrais em nosso tempo.

Druidismo Moderno

De acordo com Miranda Green, o reverendo John Ogilvie foi vicário de Aberdeeshire com interesses antiquários. Assim como muitos contemporâneos do século XVIII, Ogilvie erroneamente associou os druidas aos megalíticos. Sua descrição de Arquidruida, no mesmo contexto, é típico do romantismo com o qual os druidas eram vistos pelos antiquários desse período. Ogilvie fez uma amalgama dos escritores clássicos com o idealismo do século XVIII, resultado: um nobre, sábio, venerável, vestido de túnica branca e de barba.

Entre os séculos XVI e XIX na Bretanha e no Continente houve um grande interesse em material antiquário. (NT: esse período no início do século XIX foi chamado de Romantismo, onde o interesse pelo passado, qualquer passado era guiado pela busca de emoção e ilusão de resgate da pureza dos estados iniciais do Homem-Natureza, cria-se o mito do bom selvagem e demais mitos de ingenuidade e pureza existentes no passado e corrompidos no presente). O passado pré-histórico, celtas e druidas, foram objeto de muitos debates.

Antiquários usaram entusiasmadamente referências à literatura clássica como foco inicial do qual eles verteram uma fantasia de atributos e funções druídicas. Em seu extremo, esses aspirantes a druidas atribuíram a eles todas as virtudes, junto com a maioria dos monumentos ancestrais.

Fonte:

The World of The Druids - Dra. Miranda Green

Tradução de Lornnah Carmel


Simbolos da China in Heaven

Carlos Solano

Símbolos apontam caminhos, mostram qualidades de que necessitamos, lembram quem somos e como a vida pode ser mais leve. Símbolos são também objetos que fazem mágica. Atraem a lembrança dos deuses, nos fazem dar a mão ao infinito e nos tornam parte de todas as coisas. Certificam que o Universo é bondade, apesar da confusão humana. Símbolos mostram que a vida é um sonho e, mudando o pensamento, mudamos nosso mundo. Contemplar um símbolo ajuda a arejar a mente, a enxergar e pensar outras coisas, novas e melhores. Símbolos contam histórias, falam de guerreiros e sábios, do valor da natureza e dos elementos, e de como somos parte profunda de tudo isso.

Signos da mudança “Existem quatro formas de mudar para melhor seu destino”, disse um mestre chinês. “A primeira é fazer boas ações, o bem atrai o bem. A segunda é a auto-educação, se aperfeiçoar sempre. A terceira é atrair a boa sorte, pensando positivamente, aprendendo com as situações da vida. A última é cuidar dos nossos ambientes: a casa, a cidade, o planeta.” Na China, essa última parte é feita de muitas maneiras. Uma das formas mais antigas é utilizar sím bolos, pois o conhecimento era passado pela arte, o que permanece até hoje: no guardanapo de papel, que vem com um poema impresso, nas flores simbólicas dos jardins, nas inscrições sagradas na face das montanhas, nos altares espalhados pelas ruas, nos áridos e opressores edifícios hipermodernos. Na China, especialmente, os objetos falam. Temos de ouvir com os olhos e ver com os ouvidos.

Fogo Verão, calor, entusiasmo e irradiação. Todas as imagens de movimento ou dança, pessoas ou animais, trazem consigo uma força de vida: o fogo. Como a pintura do Galo Majestoso (ao lado), um símbolo de elegância, produtividade e inteligência, boa para contemplar logo na entrada do ambiente. Ou da Dança do Leão (acima), ritual chinês que, no ano-novo, exorciza o mal e atrai a boa sorte. Na China, o leão é um protetor e, como escultura, é colocado do lado de fora da casa.

Yin &Yang “Nos momentos de escuridão (yin), apegue-se à luz (yang)...” Yin e yang falam da dualidade do mundo: terra/céu, feminino/masculino, morte/vida, água/fogo, repouso/atividade, nós/eles. Yin é montanha, estática. Yang, água em movimento. O paraíso é o lugar onde yin e yang se encontram. Na ilustração, os peixes indicam que essas duas forças que governam o Universo são vivas, criativas e criadoras.

Madeira “Existem quatro formas de mudar para melhor seu destino”, disse um mestre chinês. “A primeira é fazer boas ações, o bem atrai o bem. A segunda é a auto-educação, se aperfeiçoar sempre. A terceira é atrair a boa sorte, pensando positivamente, aprendendo com as situações da vida. A última é cuidar dos nossos ambientes: a casa, a cidade, o planeta.” Na China, essa última parte é feita de muitas maneiras. Uma das formas mais antigas é utilizar sím bolos, pois o conhecimento era passado pela arte, o que permanece até hoje: no guardanapo de papel, que vem com um poema impresso, nas flores simbólicas dos jardins, nas inscrições sagradas na face das montanhas, nos altares espalhados pelas ruas, nos áridos e opressores edifícios hipermodernos. Na China, especialmente, os objetos falam. Temos de ouvir com os olhos e ver com os ouvidos.

Metal Verão, calor, entusiasmo e irradiação. Todas as imagens de movimento ou dança, pessoas ou animais, trazem consigo uma força de vida: o fogo. Como a pintura do Galo Majestoso (ao lado), um símbolo de elegância, produtividade e inteligência, boa para contemplar logo na entrada do ambiente. Ou da Dança do Leão (acima), ritual chinês que, no ano-novo, exorciza o mal e atrai a boa sorte. Na China, o leão é um protetor e, como escultura, é colocado do lado de fora da casa.

Dragão Dragão é o nome ocidental deste ser fantástico, imaginário, que os chineses chamam de Lun. No corpo de uma serpente, ele reúne qualidades de inúmeros animais: olhos de lebre, rosto de camelo, escamas de carpa, orelhas de touro, patas de tigre, chifres de veado... O dragão tem a força de todos eles e, como vive naágua e na terra, voa e cospe fogo, ainda carrega em si todos os elementos. Simboliza a natureza viva, que gera todas as coisas.

Água Recolhimento, inconsciente, sabedoria, sono, inverno. Nas pinturas chinesas, as carpas falam da essência de vida que existe nas águas. Banhar-se nas águas “vivas” de rios, mares e cachoeiras purifi ca o corpo e a alma, ajuda a manter a saúde integral. Beber água de uma fonte vivifi- ca o corpo. A contemplação de águas tranqüilas ajuda a desenvolver a sen-sibilidade, e dizem que o sentir e o amor se aprimoram na presença da água.

Lao Tsé “Que um país seja pequeno e de escassa população – que importa! E se suas forças armadas fossem apenas de dez ou 100 homens, que nem usassem suas armas. Deixemos seus habitantes viver em paz e cultivar seu torrão de terra!” Escreveu o sábio Lao Tsé. Mais de 25 séculos depois, a mensagem do mestre ainda é atual.

Kwan Yin Deusa budista da compaixão e do perdão. É bem provável que Kwan Yin seja a forma chinesa de uma divindade do Tibete: Tara, que teria chegado à China com o budismo. Também está associada à suavidade,à amada mãe divina, que cura e alivia sofrimentos, e aos sentimentos profundos. Ainda se fala dela co mo uma representação visível da natureza iluminada.

grupo Seamar