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A Religião dos Druidas

A palavra druida é de origem céltica e, segundo o historiador romano Plínio, o Antigo - está relacionada ao carvalho, considerada uma árvore sagrada. Os druidas foram membros de uma elevada ascendência celta. Ocupavam os trabalhos de juízes, sacerdotes, adivinhos, magos, médicos, matemáticos, astrônomos, alquimistas, etc.

Dominavam quase todas as áreas das ciências exatas, como a matemática, cultivaram a música, a poesia, além de notáveis conhecimentos da medicina natural, fitoterapia e agricultura. Embora possuíssem uma forma de escrita conhecida pelo nome de Ogham, muito parecida com a escrita rúnica, não a usavam para gravar seus conhecimentos.

Após o domínio do cristianismo muito se perdeu das informações históricas daquela maravilhosa civilização, exceto aquilo que permaneceu guardado nos registros de algumas Ordens Iniciáticas, especialmente a Ordem Céltica e a Ordem Druídica. Por isto, muito da história dos Druidas até hoje é um mistério para os historiadores oficiais; sabem que realmente existiram entre o povo Celta, mas que não nasceram nesta civilização.

Esse estudo se inicia aqui, com a tradução de alguns textos acadêmicos de estudiosos renomados a respeito do Druidismo, na história e nos dias de hoje e não pretende concluir, mas fornecer informações a respeito, dessa tão específica casta... Os druidas mostram-nos que sempre podemos rever o passado para melhor aprender o presente. Empenhemo-nos, neste maravilhoso mundo da pesquisa etimológica e histórica.

As fontes de pesquisa de druidismo são praticamente as mesmas dos celtas, com um pouco mais de restrições, pois não encontramos druidas em todas as sociedades celtas, ou seja, são textos medievais, de origem por vezes meramente mitológica, os dados da arqueologia e os relatos romanos. Tradução de Lornnah Carmel - Macalla.

The World of The Druids - Dra. Miranda Green /Ed.Thames Hudson 1997

Sobre a Dra. Miranda Green: Esse ensaio se inicia com textos da renomada Dra. Miranda Green, cuja atividade acadêmica garante idoneidade de opinião. Ela é professora de arqueologia e chefe do SCARAB - Centro de pesquisas Religião, Arqueologia, Cultura e Biogeografia da Universidade de Gales. Autora de vários livros como The Gods of The Celts, Celtic Myths, Celtic World, Dying for The Gods entre tantos, a doutora figura facilmente em documentários sobre os Celtas e produz artigos, sendo os mais recentes: Morrendo pelos Deuses: Sacrifício humano na Idade do Ferro e Europa Romana e "Encontrando os Ancestrais em nosso tempo.

Druidismo Moderno

De acordo com Miranda Green, o reverendo John Ogilvie foi vicário de Aberdeeshire com interesses antiquários. Assim como muitos contemporâneos do século XVIII, Ogilvie erroneamente associou os druidas aos megalíticos. Sua descrição de Arquidruida, no mesmo contexto, é típico do romantismo com o qual os druidas eram vistos pelos antiquários desse período. Ogilvie fez uma amalgama dos escritores clássicos com o idealismo do século XVIII, resultado: um nobre, sábio, venerável, vestido de túnica branca e de barba.

Entre os séculos XVI e XIX na Bretanha e no Continente houve um grande interesse em material antiquário. (NT: esse período no início do século XIX foi chamado de Romantismo, onde o interesse pelo passado, qualquer passado era guiado pela busca de emoção e ilusão de resgate da pureza dos estados iniciais do Homem-Natureza, cria-se o mito do bom selvagem e demais mitos de ingenuidade e pureza existentes no passado e corrompidos no presente). O passado pré-histórico, celtas e druidas, foram objeto de muitos debates.

Antiquários usaram entusiasmadamente referências à literatura clássica como foco inicial do qual eles verteram uma fantasia de atributos e funções druídicas. Em seu extremo, esses aspirantes a druidas atribuíram a eles todas as virtudes, junto com a maioria dos monumentos ancestrais.

Fonte:

The World of The Druids - Dra. Miranda Green

Tradução de Lornnah Carmel


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