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MAGIA: A Água e o Ar Filosofal


Harpócrates pertence ao domínio da Água e das suas profundezas e Hórus ao do Ar pela sua máscara de Falcão. Isto é muito interessante porque, na minha opinião, refere-se secretamente ao trabalho espiritual e mágico das próximas centenas de anos. Nós sabemos que as constelações não tem o mesmo tamanho de longitude na elíptica, por isso não se pode aplicar a divisão das eras em função dos signos que tem longitude igual. O zodíaco tropical é apenas uma convenção astrológica. As eras baseiam-se nas constelações e não nos signos!

Sabemos também que no zodíaco astronómico há constelações que se sobrepõem: no nosso caso o fim de Peixes sobrepõe-se sobre a ânfora do Aquário. Temos assim o caso invulgar na historia das Eras que a partir mais ou menos de 2.130 a humanidade é regida simultaneamente por Duas Eras ou Duas Fases de Evolução Espiritual: um signo de Água (Harpócrates) e um de Ar (Hórus). Esta Duplicidade de um Arquétipo Divino deve referir-se a esta dupla influência espiritual: uma influência que vem do passado distante (o terceiro decanato é regido por Neptuno, um planeta feminino: as religiões femininas?) e outra influência que vem do futuro próximo (o principio masculino solar de Horus: a religiosidade solar e xamânica?).

O Aeon De Hórus é a consagração da união das polaridades físico-divinas. Nela, pela Lei do "Faz a Tua Vontade é o Tudo da Lei", se dá primazia à intensidade do vivido, tal como vemos representado na liberdade dionisíaca de Babalon unida ao macho Leão. Ele realça o papel da sacramentalização dos instintos sexuais e de toda a vida física, na plenitude da sua expressão sexual e d a sua veneração pela natureza. A ideia consagrada logo na abertura do LL de que "Todo o Homem e Toda a Mulher é uma Estrela" dá primazia à experiência pessoal e directa como critério fundamental de validação de uma via espiritual, e diz-nos que cada ser humano é nas suas diferenças idiossincráticas um ser único, irredutível ás morais homogenizadoras e grupalistas. Dessa forma estabelece como primado da moral iniciática e religiosa o príncipio da tolerância das vias espirituais, desde que conforme à nossa Verdadeira Vontade.

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