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mitologia egipcia: HORUS, O DEUS DUPLO.


Mas quem é Hórus? O que tem ele a ver com este Aion? No LL não se fala de Hórus mas da sua pronuncia egípcia: Hoor-Ra-Khuit. Mais: o LL especifica que Horus é Duplo na sua constituição e é uma Criança na sua fisionomia. O LL fala de HERU-RA-HA: um ser constituído duplamente por Hoor-Ra-Khuit e Hoor-Pa-Kraat no LL-III-35.

Se Horus no seu aspecto de Criança Vingadora na forma de Hoor-Ra-Khuit é o poder radical da metamorfose através de actos violência física e moral se forem necessários (é o aspecto Marte na astrologia desencadeando por processos catabólicos experiências evolutivas e anti-homogeneizadoras), então a Outra Criança que raramente vemos, o Harpócrates como lhe chamavam os gregos helénicos, levando o dedo aos lábios em sinal de segredo e sigilo, sentado sobre o Lotus enquanto flutua sobre as vagas do Nilo, é Hoor-Pa-Kraat, o Senhor Silencioso, o Génio Espiritual dentro do Homem Iniciado, como dentro de um ovo aurico esperando pela gestação da "arte do fogo", como chamavam à alquimia magica helenística, a sua emergência e transfiguração humana.

Ele é Set, Shaitan Criança, dentro do Ovo Humano. Crowley diz que esta efígie de uma Criança para a Nova Era, em vez de um Homem adulto, se deve ao facto da Criança integrar o estádio anterior à socialização dos nossos instintos vitais, em que ela aceita sem pecado nem vergonha a sua a natureza corporal e espiritual como uma unidade indissolúvel. Pela sua natureza ela fala à humanidade de que a evolução espiritual é um processo de "crescimento" que tira as sua leis da natureza, como o crescimento de uma criança pelo caminho biológico da metamorfose física até ao home e mulher adulta.

Crescer e Unir o Espirito e a Matéria, o Pai e a Mãe, o Macho e a Fêmea, está representado nas tradições telémicas pelo Baphomet, o Andrógino com rosto e máscara de Bode que vemos no Arcano XV do Tarot (O Diabo). De facto esta Lâmina Sagrada, que tem sido olhada como símbolo da escravidão aos nossos instintos sexuais pela exegese cristã, com o casal humano unido ao seu pedestal por argolas de ferro, tem de ser reinterpretado na Nova Era de Consciência como um símbolo positivo do Casal Mágico trabalhando para a Unidade da sua condição física e espiritual.

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